Quarta da leitura: A cidade do sol


   
Autor: Khaled Hosseini
Editora: Nova Fronteira

Aprenda isso de uma vez por todas, filha: assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontra uma mulher à sua frente. Sempre. Nunca se esqueça disso, Mariam.”


"Acha que ele liga para você, que vai querê-la em sua casa? Acha que ele a considera sua filha? Que vai levar você até lá? Ouça bem o que vou lhe dizer. O coração de um homem é uma coisa muito, muito perversa, Mariam. Não é como o útero de uma mãe. Ele não sangra, não se estica todo para recebê-la. Sou a única pessoa que a ama. Sou tudo o que você tem no mundo, Mariam, e, quando eu tiver ido embora, não terá mais nada."








Sinopse:

Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rasheed, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.

Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos.

Confrontadas pela História, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a História continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.


Cidade do Sol conta a história de duas mulheres afegãs. Primeiro conhecemos Mariam, aos quinze anos. É uma harami (bastarda) criada pela mãe, e que idolatra o pai que, movido pela culpa, frequentemente sai da casa onde vive com as esposas e filhos legítimos para visitá-la. A mãe é uma mulher amarga, castigada pela vida, que cria sozinha a filha tida fora do casamento e passa seus dias a adverti-la do quanto seu pai é um covarde, e a ensiná-la sobre como é dura a vida das mulheres naquele país. Porém, Mariam apenas vem a ver a verdade das palavras da mãe quando esta morre, deixando-a completamente sozinha no mundo.

O pai – seu antigo ídolo – arranja-lhe um casamento com um homem de quarenta e cinco anos, abandonando a filha à própria sorte.

De início, Rashid demonstra-se um marido carinhoso e protetor. Contudo, em muito pouco tempo deixa transparecer sua natureza agressiva.

Então, surge Laila, uma menina com uma vida bem diferente da que Mariam teve: frequenta a escola (o sonho que Mariam nunca conseguira realizar) e é filha de um professor que sempre lhe diz que ela poderá ser o que quiser. Tem duas amigas e um melhor amigo por quem, com o tempo, vem a se apaixonar. Tinha tudo para ser completamente feliz, mas os horrores da guerra acabam por, pouco a pouco, destruírem sua vida.

Num determinado ponto, as vidas dessas duas protagonistas se encontram, e então nasce entre elas um laço tão forte quanto o de mãe e filha.

O livro é tanto triste quanto encantador, capaz de levar qualquer um às lágrimas em diversas cenas. Em alguns momentos, é até mesmo desesperador encarar a realidade do Afeganistão... E, o que é pior: a realidade das mulheres afegãs.

Eu já admirava demais o trabalho do Hosseini em “O caçador de pipas”, mas devo dizer que me tornei sua fã incondicional após lerCidade do Sol. Sem dúvidas, um dos melhores livros que já li. O autor é dotado de um talento e uma sensibilidade absolutamente admiráveis.
Infelizmente, não dá pra contar mais da história, senão acabaria por cair no pecado mortal dos spoilers. Só posso dizer que é uma leitura que recomendo a todos.

Você pode ler o primeiro capítulo do livro clicando aqui.


Resenha por: Luciana Rangel em http://livro-guardians.blogspot.com





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